sábado, 28 de abril de 2007

Capitalismo x comunismo

Capitalismo é definido como um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e propriedade intelectual , e na liberdade de contrato sobre estes bens ( livre mercado ). Estes requisitos motivam às pessoas ao acúmulo de capital e a investir este capital em projetos que aumentam a eficiência produtiva, resultando num aumento do padrão de vida da sociedade. Isto porque os produtos e serviços, devido à maior eficiência decorrente do progresso tecnológico que, por sua vez, foi causado pelo investimento do capital acumulado, se tornam progressivamente mais fáceis de adquirir (mais baratos). É importante notar que o capitalismo não é um sistema propriamente dito, pois ninguém é obrigado a acumular capital. Ele apenas é o resultado natural numa sociedade que respeita a propriedade privada e a liberdade de contrato. Nesse tipo de sociedade as pessoas são altamente motivadas a empregar seu capital da forma mais eficiente possível, minimizando o desperdício, já que isso lhes é lucrativo. E, se ocorrer o contrário, ou seja, as pessoas investirem mal o seu patrimônio, desperdiçando produção, irão amargurar prejuízos. De maneira geral o tamanho do lucro/prejuízo é proporcional ao acréscimo/decréscimo de riqueza gerado no processo.


Comunismo refere-se à obra e às idéias de Karl Marx e, posteriormente, a diversos outros teóricos, notavelmente Friedrich Engels, Rosa Luxemburgo, Vladimir Lenin, entre outros. Uma das principais obras fundadoras desta corrente política é O Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels e a principal obra teórica é O Capital de Marx.
As principais características do modelo de sociedade comunal proposto nas obras de Marx e Engels são:
A inexistência das classes sociais.
As necessidades de todas as pessoas supridas.
A ausência do Estado.
Para chegar a tal estado, Marx propõe uma fase de transição, com a tomada do poder pelos proletários para abolir a propriedade privada dos meios de produção e a consequente orientação da economia de forma planejada com o objetivo de suprir todas as necessidades da sociedade e seus indivíduos. Marx entende que, com as necessidades supridas, deixam de existir as classes sociais e, portanto, não existe mais a necessidade do Estado.
Algumas vertentes do socialismo e do comunismo, identificadas como anarquistas, defendem a abolição imediata do Estado. Tornam-se mais visíveis as diferenças entre estes grupos quando se sabe que a primeira Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) terminou como resultado da cisão entre Marxistas (que acreditavam na necessidade de tomar o poder do Estado para realizar a revolução) e Bakuninistas (que acreditavam que não haveria revolução a menos que o Estado fosse abolido em simultâneo com o capitalismo).
A teoria que dá base à construção do comunismo tem como ponto de partida a análise feita por Marx da sociedade capitalista. Segundo ele, a propriedade privada dos meios de produção, característica fundamental do capitalismo, só existe com a apropriação da mais-valia pela classe dominante, ou seja, a exploração do homem pelo homem é fundamental ao capitalismo.
Marx acreditava que somente em uma sociedade sem classes sociais essa exploração não aconteceria. Considerava, ainda, que somente o proletariado[1] poderia, por uma luta política consciente e consequente de seu papel, derrubar o capitalismo, não para constituir um Estado para si, mas para acabar com as classes sociais e derrubar o Estado como instrumento político de existência das classes.
A palavra comunismo apareceu pela primeira vez na imprensa em 1827, quando Robert Owen se referiu a socialistas e comunistas. Segundo ele, estes consideravam o capital comum mais benéfico do que o capital privado. As palavras socialismo e comunismo foram usadas como sinônimos durante todo o século XIX. A definição do termo comunismo é dada após a Revolução russa, no início do século XX, pois Vladimir Lenin entendia que o termo socialismo já estava desgastado e deturpado. Por sua teoria, o comunismo só seria atingido depois de uma fase de transição pelo socialismo, onde haveria ainda uma hierarquia de governo.